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ACP

Pandemia, mudanças de rotina e Autismo

Há mais de um ano, vivemos as incertezas e mudanças de rotina por conta da pandemia. Aulas online, restrições para o uso de parques e demais ambientes de lazer, a rotina de todos os membros familiares também com alterações, enfim, uma série de mudanças e assimilações difíceis para qualquer pessoa, mas que traz alguns pontos de atenção para os autistas.

A presidente da Associação Catarinense de Psiquiatria (ACP), Dra. Deisy Mendes Porto, explica os aspectos que os pais devem prestar atenção para auxiliar os seus filhos, enquanto a fase de isolamento social não termina. “Crianças com Transtorno de Espectro Autista (TEA), costumam ter ainda mais dificuldade para lidar com as mudanças de rotina: o fechamento de escolas, isolamento social, entre outras alterações no cotidiano. Isso acontece, pois elas necessitam da manutenção de uma rotina para que se sintam seguras e consigam se organizar. Por isso, os pais dessas crianças devem observar se elas apresentam alterações no padrão do sono, quadros de ansiedade e irritabilidade, que – apesar de serem sintomas comuns às pessoas autistas ou não, os impactos podem ser sentidos de maneira mais intensa pelos autistas.”, declara a psiquiatra.

Vale ressaltar que o autismo não é um fator de risco para a COVID-19, crianças e adolescentes com TEA apresentam sintomas semelhantes aos de outros jovens sem o transtorno.  Mas, alguns hábitos característicos do autismo podem criar dificuldades na adoção das medidas preventivas. São os casos dos autistas que apresentam interesse em odor, sabor e textura de objetos, sendo comum observá-los, passar as mãos e levar à boca. Essas práticas aumentam a possibilidade de contaminação e os pais devem estar atentos às questões de higiene, mantendo os ambientes ventilados e evitar compartilhar objetos.

“É importante que os pais e familiares próximos estabeleçam e mantenham uma rotina para as crianças autistas. Elas, assim como qualquer outra pessoa, também ficam entediadas pelas limitações do isolamento social. Elas precisam de novidade, estímulos e de novas brincadeiras, cabe aos pais observarem essas necessidades e adequar as atividades do dia a dia com criatividade. Ao notarem algum comportamento mais agudo, procurem ajuda dos profissionais de saúde que acompanham a criança.”, finaliza a psiquiatra.

Sobre a ACP

A ACP é uma entidade científica sem fins lucrativos que representa os psiquiatras do Estado de Santa Catarina. Filiada à Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), a ACP foi fundada em 1965. Desde então, dirige suas atividades para o aprimoramento científico e técnico de seus associados, para o desenvolvimento da especialidade médica da Psiquiatria e para a divulgação e esclarecimento da comunidade leiga sobre temas ligados à Psiquiatria e à Saúde Mental.